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HBO confirma estreia de House of Dragon (derivado de Game of Thrones) para 21/08

House of Dragon (próximo capítulo do universo de Game of Thrones já tem data para estrear. A HBO confirmou em todas as redes que a premiere ocorrerá em 21/08. A trama da série se situa 200 anos dos eventos da primeira temporada de Game of Thrones e terá foco nos Targaryen e, principalmente, muitos dragões).

O elenco da derivada terá Matt Smith (de Morbius e Doctor Who), Olivia Cooke (de Jogador Nº 1 e O Som do Silêncio), Paddy Considine (The Outsider e Chumbo Grosso), Rhys Ifans (De King’s Man: a Origem e O Espetacular Homem-Aranha), Steve Touissant (de Príncipe da Pérsia e Smal Axe: Red, White and Blue), Sonoya Mizuno (de Podres de Ricos e Devs) e Graham McTavish (de Preacher e The Witcher).

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Netflix confirma adaptação em filme de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Sucesso já traduzido para mais de 10 linguagens diferentes, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo ganhará adaptação em filme pela Netflix. Segundo o Deadline, o filme foi confirmado pelo locadora vermelha e já tem até uma roteirista confirmada. Liz Tageelar (de Pequenos Incêndios por Toda a Parte) será responsável pela adaptação do livro.

O livro já havia tido diretos comprados para adaptação em 2019 pelo canal canadense Freeform, mas o projeto acabou ficando no limbo até 2021, quando confirmou-se que havia sido cancelado. Ainda não há previsão do lançamento do filme pela Netflix

Na trama Evelyn Hugo, uma grande estrela de Hollywood, reclusa há algum tempo, faz contato com a repórter Monique Grant para contar a história da sua vida e revelar todos os seus segredos, incluindo a história de seus 7 casamentos.

No Brasil o livro é publicado pela Editora Paralela.

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Super Literário Podcast S05 E06 – The Batman

O Homem Morcego voltou aos cinemas novamente e hoje Victor Rogério, Carol Lima, Andrei Simões e Renan Carvalho discutem o que acharam dessa nova versão!

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Resenhas

Luzes do Norte, de Giulianna Domingues, já está disponível.

Já está disponível o livro Luzes do Norte da autora Giulianna Domingues. Segundo a própria autora, o livro é uma fantasia sáfica. Uma aventura intensa e cheia de reviravoltas, com uma protagonista que se recusa a jogar pelas regras dos outros. O Livro está disponível em três valores diferentes: Digital por R$ 31,41, Impresso por R$ 39,92 ou Impresso com brinde por R$ 49,90. O pacote com brinde inclui o livro, marcador, capa de almofada e um cartão postal holográfico.

Confiram a sinopse completa:

Dimitria Coromandel é uma caçadora excepcional, a melhor da região, e, após a morte dos seus pais, se tornou a base para o sustento de sua pequena família. Para ela, o peso da responsabilidade e a necessidade de conseguir dinheiro são os impulsos de sua movimentada rotina, e, no inclemente inverno de Nurensalem, ela precisa caçar durante o dia se quiser trazer comida para a casa à noite. No entanto, quando fisga a atenção de Bóris van Vintermer, patriarca da família mais rica do local, sua realidade começa aos poucos a se transformar.

Requisitada para desempenhar funções de chefe da guarda de Aurora, primogênita da abastada família Van Vintermer, Dimitria tem seu dia a dia significativamente alterado: agora, ela precisa acompanhar Aurora em suas obrigações e, acima de tudo, protegê-la de todo e qualquer contratempo. Seria perfeito: atribuições simples em troca de um farto pagamento.

A novidade cai como uma luva também para Gui, seu irmão e apaixonado em segredo por Aurora desde a mais tenra infância. Para ele, o estreito contato entre elas pode representar uma chance de ser notado pela herdeira e, talvez, uma oportunidade de conquistar seu coração.

Mas à medida que o tempo passa, a proximidade entre Dimitria e Aurora dá origem a algo maior, mais profundo… e arrebatador. Dividida entre preservar seu novo e bem-remunerado emprego, permitir que uma possível e arriscada relação se desenvolva, agir como cupido para o irmão e ir em busca de um monstro assassino de crianças à espreita nas redondezas sombrias de Nurensalem, Dimitria precisará fazer uma escolha.

Ainda que, para isso, coloque em risco a vida de quem ela mais ama.

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Artigos, Matérias e Eventos

Foi com Deus? Adaptações que os estúdios esqueceram que anunciaram.

Hollywood é uma máquina de reinvenções. Todo mundo está sempre atrás da fórmula do sucesso no cinema e acabamos vivendo várias ondas de produções tentando replicar o que deu certo. A onda de adaptações não foi nada muito diferente disso: ali no idos de 2009 começamos a escutar aqui e ali anúncios de que livros estariam chegando as telas de cinema com estúdios apostando alto que conseguiriam repetir sucessos como Crepúsculo e Harry Potter. Bem… rsrsrsrs… dá pra dizer que muita coisa deu certo. Jogos Vorazes talvez seja o maior exemplo de sucesso sobre os livros ganhando as telas. Mas pra cada Katniss Everdeen enchendo o bolso dos estúdios, existiram mais outros 20 ou 30 projetos que fracassaram pelo meio do caminho (quem lembra daquela desgraça chamada Eragon ou da bizarrice de Eu Sou o Número 4?)

Acaba que depois de tanto tempo várias produções ficaram pelo caminho. Até grandes sucessos de público no mundo literário chegaram a ter seus direitos comprados e o estúdio aparentemente esqueceu que anunciou o projeto. Vamos então relembrar 7 livros que foram anunciados para o cinema, mas até hoje não vimos nem a cor do poster…

1 – Nas Montanhas da Loucura com Guilhermo Del Toro

Talvez a adaptação mais antiga dessa lista. Projeto do Guilhermo Del Toro (que já é conhecido por trazer tramas bem diferentes para as telas), a adaptação de um dos contos mais famosos de Lovecraft já teve diversas reviravoltas. Del Toro fala que está há mais de 25 anos tentando viabilizar a produção que quase saiu pela Universal em 2011, estrelada por ninguém menos que Tom Cruise. Em 2012, o diretor conseguiu negociar com a Fox para o início da produção, mas revelou posteriormente que o roteiro do filme era parecido demais com um outro filme de terror que acabou sendo um fracasso de bilheteria: Prometheus. O estúdio preferiu dar carta branca para Ridley Scott produzir seu longa e, na época, Del Toro acabou dando foco para Pacific Rim.

Ano passado Del Toro revelou que ainda deseja desenvolver o projeto e tem esperança de conseguir um contrato com a Netflix, mas por enquanto o filme segue sem estúdio.

2 – A Seleção

Sucesso absoluto nos idos de 2013, a série A Seleção trazia um futuro distópico onde os EUA viraram Ilea, um reino absolutista, separado por castas, onde a esposa do próximo rei é escolhida num reality show com 35 participantes chamado A Seleção. A trilogia que é muito mais um romance que uma distopia em si trouxe uma grande comoção na época do lançamento e ainda garantiu mais duas continuações que se passam anos após o terceiro livro.

A série foi concluída em 2016 com A Coroa, e desde essa época se ventilavam boatos sobre uma possível adaptação, mas foi só em 2020 que a Netflix anunciou que desenvolveria uma série adaptando a trama. Entretanto desde então não houveram mais novidades. Em dezembro do ano passado um produtor revelou que a Netflix ainda não deu sinal verde para a pré-produção, desenvolvimento de roteiro e escolha de atores, apesar de ter comprado os direitos. Ele também pedia ao público e fãs da série que pressionassem o serviço de streaming. Bem… estamos em março e nem sinal de notícias da série. Não parece ter dado muito certo.

3 – A Série Divergente: Ascendente

Talvez o caso mais bizarro dessa lista: uma série que foi gravada e ficou sem final. Divergente foi um sucesso absurdo, tanto do livro, lançado em 2011, quando do filme que chegou as telas em 2014. Pegando uma rebarba de sucesso de Jogos Vorazes que na época estava chegando no fim (A Esperança Parte 2 estreou em 2015) a trama projetou para o estrelato Shailene Woodley que dividia o protagonismo com Theo James. O elenco também contava com Miles Teller, Ansel Elgort e Kate Winslet. O primeiro filme se pagou quase 4 vezes. Receita para o sucesso? Bem… não foi bem assim.

O segundo filme, Insurgente, também foi um sucesso, mas já mais modesto. Custou mais, a bilheteria não foi tão maior assim e a crítica não gostou. Os fãs do livro criticaram bastante as mudanças da trama. E aí veio o terceiro filme. Seguindo a ideia de outras franquias como Harry Potter, Crepúsculo e o próprio Jogos Vorazes, a Lionsgate decidiu dividir o último livro em dois filmes que seriam lançados com um ano de distancia entre eles: Convergente e Ascendente.

Convergente (livro 3 da série) seria divido em dois filmes: Convergente e Ascendente

Convergente até chegou a sair em 2016 como previsto, mas o desenvolvimento foi tenebroso. Inúmeras brigas nos sets, divergências criativas e atores já sem vontade de atuar. O resultado foi um 11% no Rotten Tomatoes. O filme foi um desastre de bilheteria e crítica: tosco, sem ritmo, trama sem pé nem cabeça. De repente o último filme virou uma dúvida. Primeiro viraria um filme de TV, com a desculpa que seria a ponte para o lançamento de um série no mesmo universo com novos personagens. Depois o filme não teria mais os dois principais atores, que alegaram ter contrato para um filme de cinema e não de TV. Logo em seguida, o diretor saiu e a vindoura série foi cancelada. Hoje a Lionsgate só espera que você esqueça que o quarto filme um dia foi anunciado e se satisfaça com a série sem final.

4 – Americanah

Americanah é um desses projetos dá um pena absurda ter ido parar no limbo. O livro é da Chimamanda Ngozi Adichie, o projeto seria roteirizado pela Danai Gurira e estrelado pela Lupita Nyong’o. A história gira em torno de Ifemelu (que seria a Lupita) e Obinze. Ambos são nigerianos e a guerra civil instaurada no país acaba por separa-los. Ifemelu acaba viajando para os EUA onde conhecerá a realidade do racismo americano; e Obinze acaba se perdendo numa Londres em caos logo após os ataques terroristas do 11 de setembro.

Inicialmente seria um filme original do HBO Max e depois o projeto foi transformado numa mini série em 10 episódios. Mas com a pandemia do coronavirus o projeto precisou ser adiado, tanto Lupita, quanto Danai ficaram sem espaço no agenda para a produção e acabaram saindo. O projeto teria sido cancelado, desde então, mas nunca houve confirmação oficial.

5 – Hush Hush (Sussurro)

Mais um romance. Hush Hush ou Sussurro (como ficou conhecida no Brasil) ficou conhecido como “Crepúsculo com anjos”. Claro que o livro é mais que isso, mas a trama de Becca Pitzpatrick tem lá suas semelhanças com os vampiros de Stephenie Meyer. Uma protagonista indefesa, um protagonista metido a bad boy que está dividido entre amá-la e destruí-la. Já ouviu falar de algo assim? O primeiro livro, lançado em 2009 foi um sucesso estrondoso: vendeu mais de 100 milhões de cópias. Um adaptação era questão de tempo…

… Ou não. Um filme de fato acabou sendo anunciado em 2012, após a compra dos direitos pela LD Entertainment (cujo filme mais famoso é o Jackie de 2016 onde Natalie Portman foi indicada a melhor atriz no Oscar). A produção ficou no limbo por dois anos até que a autora anunciou em seu facebook que não havia renovado o contrato com a produtora. Em 2018 a autora anunciou novamente que havia negociado os direitos da série para produção de um filme pela BCDF Pictures (que a produção mais recente é a adaptação O Jogo do Amor/Ódio) e teria direção de Kellie Cyrus que já havia trabalhado em The Vampire Diaries. Chegaram até a anunciar os atores Liana Liberato e Wolfgang Novogratz como o protagonistas da trama.

Parecia de fato que tudo estava encaminhado, mas se passaram mais 3 anos sem novidades. Em julho de 2021 o portal Business Wire anunciou que o filme agora ganhara uma nova casa: o Paramount +. Além disso, as gravações começariam no final do ano. Novamente: estamos em março de 2022 e não se sabe nem os atores, nem a direção, nem sobre as gravações terem sido iniciadas. Se você está esperando o filme Hush, Hush, talvez demore mais um pouco.

6 – Wild Seed (Semente originária)

Mais um projetão que nunca mais se ouviu falar. Wild Seed é uma série de livros de fantasia/ficção científica de autoria de Octavia Butler (a mesma de Kindred – por favor leiam esse livro, é maravilhoso). Trata-se de uma história de idas e vindas com amor e ódio entre duas entidades africanas imortais que viajam ao longo das eras, desde a África Colonial até anos no futuro. A série seria do Amazon Prime e teria ninguém menos que Viola Davis na produção. Nnedi Okarafor (autora de Bruxa Akata) seria a roteirista e Wanuri Kahiu (diretora queniana) dirigiria o piloto.

Maaaaas o projeto foi anunciado em 2019 e nunca mais se ouviu falar. Sério… zero novidades…

7 – Série Delírio

MEU DEUS, QUE ÓDIO: mais um caso bizarríssimo das adaptações. Delírio é mais um romance disfarçado de distopia: num Estados Unidos futurista, todo os sentimentos são proibidos em especial o amor. Livros foram censurados e reescritos, músicas são controladas e todas as pessoas passam por um procedimento especial para curar qualquer sentimento assim que completam 18 anos. Nesse universo conhecemos Lena, uma adolescente que mora com os tios, pois seu pai morreu quando ela era bebê e sua mãe se suicidou por ter a doença do amor. Quando ela estava prestes a receber a cura, ela acaba se apaixonando e, por causa disso, vai descobrir que aquele aparente mundo ordeiro não é bem o que ela pensava.

O primeiro livro da série é de 2011 e teve seus direitos adquiridos em 2013 pela Fox que iria desenvolver uma série e até um piloto de 52 minutos chegou a ser produzido, protagonizado por Emma Roberts no papel de Lena. A produção, porém, não foi leva a frente, o piloto não agradou. No ano seguinte o piloto foi disponibilizado no Hulu com o anúncio de que a série seria produzida direto no streaming.

Nunca mais se ouviu falar sobre… Mas, calma, ainda piora. A trilogia de livros foi concluída por Lauren Oliver em 2013 com Réquiem. Só que Réquiem é um livro complicadíssimo, basicamente não conclui a trama. Não existe um final da história de fato. O último capítulo deixa tudo completamente em aberto, com todos os protagonistas e vilões vivos, o triângulo amoroso não se resolve, não se sabe que a sociedade permaneceu daquele jeito pra sempre ou se a resistência venceu… A história seria concluída na série de TV que nunca saiu, meio numa ideia de projeto multimídia. A autora inclusive nunca mais se pronunciou sobre a série e já publicou diversos outros livros depois, não dando sinal de que voltará a escrever a distopia. Lauren até implacou uma outra adaptação em 2017, o drama Antes que eu vá.

E aí? Estão aguardando alguma dessas adaptações?

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Super Literário Podcast S05E05 – Tudo sobre roteiros

Afinal, roteiro é a base de qualquer obra ou não? Hoje Victor Rogério, Carol Lima e Andrei Simões discutem tudo sobre produção e tipos de roteiros.

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Amazon Prime confirma novos nomes no elenco Filhos de Anansi, adaptação de Neil Gaiman

Delroy Lindo será Anansi na série do Prime Video

Confirmada anteriormente por ninguém menos que o próprio autor Neil Gaiman, a adaptação de Filhos de Anansi pelo Amazon Prime Video estava sem novidades há algum tempo. Ainda no segundo semestre do ano passado a produção já havia confirmado que os atores Delroy Lindo (que interpretará Anansi) e Malachi Kirby (que interpretará Charlie Nancy e Spider).

Malachi Kirby interpretará o protagonista Charlie Nancy

Agora, mais alguns nomes foram confirmados no cast, de acordo com o Deadline:

Fiona Shaw (Killing Eve) como a dançarina aposentada Maeve Livingstone

Filhos de Anansi narra a história de Charlie Nancy, um pacato cidadão londrino que, ao tentar se reaproximar do pai estadunidense descobre que ele é na verdade um deus antigo e que teve mais um filho. Filhos de Anansi ainda não tem previsão de estreia, mas as gravações deve iniciar em breve.

No Brasil, o livro é publicado pela Intrínseca

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Promoção Super Literário 4 anos. Concorra a um kindle.

O Super Literário está comemorando 4 anos esse mês. Por isso estamos sorteando um kindle no nosso twitter. Para participar, basta seguir as informações do tweet a seguir:

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O futuro de Nova Jersey está na mãos de Kamala Khan no primeiro trailer de Ms. Marvel

Conforme anunciado anteriormente, Ms. Marvel seria uma das próximas heroínas da Marvel a ganhar as telas do Disney Plus, só não se sabia ainda quando. Agora, a Marvel revelou o primeiro trailer completo da série da Kamala Khan, confirmando que a data de estreia, 08/06.

Kamala Khan chegou aos quadrinhos em 2013, criação da dupla G Willow Wilson e Adrian Alphona. Originalmente seus poderes tem origem inumana, mas, como é possível observar no trailer, aparentemente isso será alterado e substituído pelos braceletes que ela usa em alguns momento. A série é estrelada por Iman Velani e o elenco também conta com Saagar Shaikh, Aramis Knight, Rish Shah e Matt Lintz.

A série terá 6 episódios. Ainda não se sabe se a série terá uma temporada única, mas Kamala Khan também está confirmada na continuação de Capitã Marvel, The Marvels.

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Resenha: The Batman

Talvez a franquia mais antiga de super heróis, começada lá em 89 (isso se contarmos apenas os cinemas, pois Adam West já brilhava na TV muito antes disso) com o longa de Tim Burton, o Homem Morcego volta mais uma vez aos cinemas prometendo algo novo. Mas como exatamente uma franquia de mais de 30 anos sobre um herói que já existe a mais de 80 poderia se renovar? Matt Reeves responde a altura com The Batman.

Não há como negar que o Batman já passou pelas mãos mais variadas no cinema ao longo de todos esses anos. Começado numa origem até bem gótica, mas um tanto caricata; passando pela versão totalmente colorida e galhofeira; por um herói mais realista; uma tentativa de reproduzir o tanque de guerra humano dos vídeo games para as telas de cinema; e até por numa versão Lego. O que exatamente ainda faltava vermos? Sim, pessoal, faltava voltarmos às origens do herói e vermos um detetive.

O filme e o roteiro não tentam fingir que essa não é uma história de super heróis, mas Matt Reeves traz uma direção com uma boa pegada de neo noir. Não estranhe se você sentir semelhanças com filmes como Seven ou Zodíaco (clássicos de investigação) porque parece que a ideia era essa mesma. A dinâmica Batman, Gordon e Charada traz muitas semelhanças com David Mills, William Somerset e John Doe.

O Homem Morcego de Robert Pattinson (de O Farol) aqui é apresentado com um vigilante ainda iniciante. No ano 2 de sua jornada, Bruce Wayne ainda é totalmente atormentado pela morte dos pais e, de dia, segue uma vida reclusa. Com poucas aparições públicas e zero importância a fortuna e legado de sua família, Bruce está obcecado por sua jornada como uma sombra da noite que traz medo ao crime. E, mesmo assim, em sua fala inicial, ele admite que não está funcionado, com a criminalidade e a corrupção imperando cada vez mais em Gotham.

Jeffrey Wright (de Westworld e 007 – Sem tempo para morrer) apresenta Gordon como um policial já mais experiente, mas ainda não comissário. Ele é quem concede acesso ao Batman a cenas de crimes (a despeitos dos outros policiais que não confiam no homem morcego) e, aparentemente, é dele a ideia do bat sinal (que nessa versão não fica na delegacia, mas sim num prédio abandonado. A dinâmica de trabalho dos dois funcionou muito bem como um filme de investigação clássico da dupla composta por um veterano e um novato (ares meio Máquina Mortífera). Em alguns momentos eles agem inclusive como good cop e bad cop.

E finalmente chegamos ao Charada de Paul Dano (de 12 anos de Escravidão e Os Suspeitos). Não vemos nele nada muito surtado no estilo da contraparte interpretada por Jim Carrey em Batman Eternamente. Até a cor verde, muito ligada ao personagem, é praticamente esquecida aqui. Na essência, o personagem soou muito como um incel sociopata (redundância?). Seu assassinatos são bem planejados, ligados todos por charadas endereçadas principalmente ao Batman (aliás parabéns à galera da tradução que conseguiu localizar as charadas para o português) levando você a duvidar exatamente sobre a intenções do vilão em vários momentos. Ele parece ser um mestre dos segredos e ter controle de tudo, mas em algumas vezes perde completamente o controle, coisa que faz você sentir que os protagonistas estão realmente em perigo.

O elenco de suporte não fica para trás. Podemos destacar principalmente Zoe Kravitz (Selina Kyle/Mulher Gato), Colin Farell (Pinguim), John Turturro (Camine Falconi) e Andi Serkis (Alfred). Todos com ótimas atuações e cada um deles com sua trama bem desenvolvida. Se tem algo que The Batman conseguiu fazer foi apresentar bem todos os personagens, manter a linha de pensamento do roteiro e não ficar chato. Destaque, aliás, para a química do Batman com a Mulher Gato. Zoe e Robert entregaram algumas das cenas mais perfeitas já feitas com a dupla.

A trama tem grande foco nesses sete personagens principalmente entrelaçando a corrupção de Gothan (que remonta aos tempos da infância de Bruce e à morte de seus pais) com os mistérios e assassinatos do Charada. O fio de investigação comanda o roteiro e através dele somos levados a várias reviravoltas surpreendentes e ótimas cenas de ação (a apresentação do bat móvel é simplesmente perfeita). Fora isso, Matt Reeves conseguiu também atualizar a trama de um super herói de 80 anos discutindo diversas problemáticas sociais como concentração de renda, radicalização, liberação de armas e como o próprio Batman é parte do problema de Gotham. Tudo isso num filme de quase 3 horas, que garantimos, não fica repetitivo.

É preciso também destacar a parte técnica da produção. Finalmente temos um filme do Batman que, apesar de usar a escuridão em sua fotografia, é possível enxergar durante as cenas. A escuridão serve ao roteiro e não está lá apenas para disfarçar efeitos visuais ruins (como tem acontecido bastante nos últimos filmes de heróis). Muito da ação foi produzido com efeitos práticos, então as explosões são bem reais. A trilha sonora do Michael Giacchino (que também esteve em, veja só, Homem Aranha: Sem Volta para Casa) é épica. Boa parte da emoção vem através dela.

No geral é um filme que surpreende por conseguir renovar um herói que já foi representado por 6 atores diferentes trazendo algo novo de onde parecia não ser possível inovar (vide os filmes do Ben Affleck). Se você puder, assista num cinema ou no lugar em que for possível ouvir o som da melhor forma possível. Vale muito a pena.

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