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Eventos [São Paulo] – Sessão de Autógrafos de Pequenos Objetos Mágicos com Fábio Yabu

O autor fará evento de lançamento de seu novo livro no domingo 05/11 as 15 na livraria Martins Fontes da Avenida Paulista (Av. Paulista, 509, próximo a estação Brigadeiro).

O autor Fábio Yabu, conhecido pela série de quadrinhos Combo Rangers, está lançando um novo livro. Pequenos Objetos Mágicos ,é um livro de contos que faz referência a brincadeiras infantis, invenções do mundo real e é permeado por uma aventura que se desenrola a cada página.

Confiram a sinopse:

Neste livro de contos de Fábio Yabu, os personagens principais são objetos que nos permitem estabelecer a comunicação. A escrita, o desenho, os livros, o lápis e a caneta são os narradores e um único mistério envolve todas as histórias, desafiando o leitor a resolver o enigma e a conhecer mais sobre estes fantásticos objetos.

– Narrativa intrigante que envolve vários personagens da vida real, e ficções sobre a realidade;​

– Ilustrações fortes, divertidas e excêntricas que chamarão a atenção de leitores de todas as idades;​

O livro conta ainda com as ilustrações de Veridiana Scarpelli.

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Lançamentos: Nova Edição da Revista Noturna já está disponível para ler gratuitamente.

Segunda edição da revista foi disponibilizada no dia 31 de outubro e está de graça na Amazon.

A Revista Noturna é um publicação digital focada em narrativas de horror escritas por autoras mulheres e faz parte do EscambaClube. No dia 31 de outubro, Halloween, saiu sua nova edição com contos de 5 autoras.

Destaque especial ao conto “Contenção” da Lis Vilas Boas, autora que recentemente figurou na nossa lista de livros nacionais para ler no halloween.

Os mergulhadores em missão voluntária tentam lutar contra a invasão das profundezas, é um trabalho ingrato e exaustivo e o óleo tudo consome — tem vontade própria. Uma a uma, as pessoas vão sucumbindo aos efeitos de contaminação das manchas, perdendo partes de si. Mikeia está cansada, não sabe quanto tempo até ser mais um nome riscado na prancheta.

Para saber mais sobre a Revista Noturna basta seguir as redes sociais (Instagram|Twitter), acessar o site ou ainda acessar a página do financiamento coletivo do EscambaClube.

Para saber mais sobre a autora acesse as redes sociais (Instagram|Twitter).

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[Materia Especial] – 10 nacionais para ler no Halloween.

31 de outubro, as bruxas estão soltas enquanto os santos estão ocupados preparando a grande festa do dia 1º de novembro (Dia de Todos os Santos). Nesse clima de terror e sobrenatural, nada como puxar algo novo da estante. Hoje vamos fugir um pouco de clichês clássicos como indicar Stephen King, Poe e Lovecraft e vamos trazer um lista com 8 livros nacionais para ler no Dia das Bruxas:

1 – Pactos de Família: Uma Novela de Horror (Andrei Simões)

Andrei Simões é especialista no terror que navega entre a ciência, o ocultismo e o realismo fantástico, já tendo publicado obras como Zon: O Rei do Nada, Tau: O Senhor da Putrefação e Luz: O Deus do Horror. Em Pactos de Família conhecemos Angelino, um autor em viagem que acaba por ser hospedar no hotel Princesa do Sertão onde irá vivenciar horrores sobrenaturais, mas acima de tudo, entender que as vezes existem coisas muito reais, bem mais assustadoras que qualquer pacto. Nesta novela de horror Pulp visceral, que compartilha da forte conexão cultural e espiritual norte-nordeste, mais especificamente em Belém e Petrolina, a realidade sobre hipocrisia da família tradicional brasileira será revelada;

Conheça mais sobre Andrei Simões nas redes sociais ou na nossa entrevista em podcast gravada com ele.

2 – Na Escuridão das Brenhas (Roberto Beltrão)

Roberto Beltrão já publicou várias obras, entre elas “Na Escuridão das Brenhas”, “Sete Assombrações em Retratos Falados”,  “Algumas Assombrações do Recife Velho” , “A Sinhá e o Diabo” , entre outros. Em Nas Escuridão das Brenhas, oito contos misturam Realismo Mágico e Literatura de Horror para especular: como pessoas comuns enfrentam criaturas espantosas do imaginário popular do interior de Pernambuco? Nas narrativas, que têm como cenários, estradas desertas, rios, fazendas, sítios e vilarejos, surgem monstros e seres fantasmagóricos para atormentar os viventes, ao transformar em ficção algumas das lendas mais espantosas do interior de Pernambuco

3 – Sete Assombrações em Retratos Falados

Também do autor Roberto Beltrão, o livro conta a história de um tempo em que aparições de fantasmas e outros acontecimentos sobrenaturais eram casos de polícia. Pesquisando sobre essas situações (tão absurdas, quando vistas por um olhar contemporâneo), o autor se deparou com o questionamento: como seria fazer um inquérito sobre uma determinada assombração a partir do depoimento da suposta vítima? Cada capítulo é um pequeno conto em forma de confissão, com o retrato falado e o resultado de um “inquérito”. Os contos que neste livro são peças de ficção – inventadas, porém “baseadas em fatos reais”, como se diz no cinema. A inspiração veio de declarações colhidas em pesquisas para o site “O Recife Assombrado” (orecifeassombrado.com).

Saiba mais sobre o autor em suas redes sociais.

4 – O Sibiliar de Outrora (Carol Façanha)

Carol Façanha é escritora e doutoranda de literatura de língua inglesa da UERJ, autora que recebeu o Prêmio Le Blanc, foi Finalista do Prêmio Odisseia Literatura Fantástica e semifinalista no Prêmio Aberst por seu primeiro romance, a distopia cyberpunk “Não Esqueça”. Em o Sibilar de Outrora conhecemos Crisálida, uma restauradora de vitrais, vive em um vilarejo de neblina tão densa quanto o preconceito que envolve as pessoas que vivem ali. Quando cai nos encantos de Gaston, um traiçoeiro coletor de impostos, descobre que essa relação custará mais do que poderia imaginar: sua honra. Rejeitada e exilada em plena véspera de Natal, Crisálida vaga a esmo a procura de abrigo. Desnorteada de fome, decide seguir o rastro de serpentes, a única presença familiar para ela. Atraída para um castelo tenebroso pela promessa do lar que lhe foi negado, fica aterrorizada por talvez ter mais semelhanças com o Monstro que ali se esconde do que está disposta a aceitar. “O Sibilar de Outrora” é uma Releitura Gótica Monster Love de “Bela e a Fera”, e também uma noveleta prequel do romance “A Hora da Serpente”.

Saiba mais sobre a autora nas redes sociais

5 – Mariposa Vermelha (Fernanda Castro)

Fernanda Castro é autora crescida no Recife, PE e também faz trabalhos de tradução e preparação de texto. Em a Mariposa Vermelha narra a história de Amarílis, uma jovem que, com a ajuda de um demônio, embarca em uma jornada para enfrentar o passado, descobrir a própria força e assumir sua verdadeira essência. Mariposa vermelha é uma fantasia apaixonante e empoderadora, permeada por monstros insólitos e corriqueiros, relações intensas e amores imprevisíveis. Na cidade de Fragária, sob o domínio da República, a magia é proibida, e Amarílis conhece como ninguém o perigo de quebrar as regras. 

6 – O Fantasma de Cora (Fernanda Castro)

Também de autoria de Fernanda Castro, um livro para os amantes de histórias de fantasmas, novelas, moda e literatura brasileira. Em Portomar, tudo que uma moça bem-educada e de saúde frágil pode querer é um casamento adequado. Esse é o sonho de Coralina: romântica, Mister Ícaro é a síntese das suas jovens ambições. Quando a garota morre, logo após a noite de núpcias, sua prima Francine – recém-chegada à capital, e ainda não totalmente aclimatada às regras daquela sociedade – decide descobrir os motivos por trás da morte de Cora, não importam as consequências.

Saiba mais sobre a autora em suas redes sociais.

7 – Marea Infinitus (Lis Vilas Boas)

Lis Vilas Boas, escritora de ficção especulativa da Agência Magh e oceanógrafa. A autora vem do interior do estado do Rio de Janeiro e vive entre mares reais e da ficção. Tem textos publicados em revistas de ficção especulativa brasileiras e estrangeiras, além de escrever na newsletter “20.000 Histórias Sumarinas” onde mistura escrita e oceanografia. “O Octoponi stenoidea é encontrado nas profundezas de Marea Infinitus, levado pelos esforços de colonização. Essa espécie tem uma habilidade única de mudar de cor de acordo com seu estado emocional, exibindo cores vibrantes e deslumbrantes. Possui uma cabeça grande e arredondada com oito braços ágeis e células especializadas chamadas cromatóforos, que permitem a mudança instantânea de cor. Essa habilidade é usada para comunicação, camuflagem e proteção. Esses polvos são animais solitários e noturnos, como eu, passando grande parte do tempo escondidos em fendas rochosas ou outras estruturas no fundo do oceano. São altamente inteligentes, mas não foi por isso que a escolhi. Não foi apenas para derrotar a IMD ou pelo sucesso do experimento. Foi porque pareceu certo.”

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8 – O Dama do Abismo (Ariel Ayres)

Ariel Ayres Ariel traz uma experiência literária de horror que homenageia grandes nomes da Steam Age Gothic, especialmente Lovecraft, Irving e Hutcheson, misturando elementos cósmicos e ambientais em alto mar. O Dama do Abismo é uma lenda dos sete mares. Um navio de casco negro, de capitão desconhecido, que nunca atraca nas cidades e parece não ter tripulação. Uma embarcação que carrega em seu interior morte, peste, loucura, doenças e pesadelos, vinda dos confins de um submundo desconhecido até por Lúcifer. O presente perfeito para o temível pirata Barba Negra. Tomada por bravura ou ignorância, a contramestra de Barba Negra desbrava os becos mais sujos da Inglaterra, os bares mais imundos, ignorando avisos e bom-senso, para tomar o Dama do Abismo para seu senhor. Ela não deveria ter feito isso.

9 – A Observadora de Sombras (Maria Anna Martins)

Já pensou sobre o que a sua sombra come? Ou qual a razão dela desaparecer dentro de outra sombra? Camila não só pensou, como resolveu encontrar as respostas e registrar cada uma de suas observações em um caderninho amarelo. Inclusive, durante a pesquisa, a observadora ainda aprendeu algo sobre o Sr. Escuro. O que será que Camila escreveu?

O livro, escrito pela autora Maria Anna Martins e ilustrado pela artista Leticia Santiago, está disponível para todo Brasil pelo site da editora Flyve.

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10 – Dois mortos e a Morte (Tanto Tupiassu)

Fernando Gurjão Sampaio também conhecido como Tanto Tupiassu, nasceu em 1978 em Belém do Pará, cidade onde vive e de onde não pretende sair. Seu primeiro livro, Ladir vai ao parque e outras histórias, foi premiado e publicado pela Fundação Cultural do Pará em 2018. Em Dois Mortos e a Morte, você vai viajar pela experiência da morte em vários olhares diferentes. Famoso por seus causos de assombrações e visagens, o autor traz nesta coletânea histórias que tratam do fim em suas diferentes facetas; seja como tragédia familiar, como última consequência de vidas sofridas ou como punição exercida por seres sobrenaturais.

Conheça mais sobre o autor nas redes ou na nossa entrevista em podcast.

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Eventos [São Paulo] – Como foi a Flipop 2023? Pedro Rhuas, Paola Siviero e Fernanda Castro são destaque

A Flipop 2023 ocorreu no último final de semana, 28 e 29 de outubro. Agora em novo lugar, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, pela primeira vez o evento foi totalmente gratuito. Criado em 2017 pela Editora Seguinte, com foco nos jovens leitores, o Festival de Literatura Pop debate temas como representatividade e leitura na adolescência, criando um espaço seguro e acolhedor para que leitores troquem experiências, descubram novas leituras e conheçam seus autores favoritos.

A programação foi bem variada entre bate papos, sessões de autógrafo e oficinas.

O autor Pedro Rhuas participou de um Talk Show apresentado por Tatiany Leite com o tema “Todo mundo curte histórias românticas”, ao lado de Arquelana, Babi Dewet, Bia Crespo, Cora Menestrelli. Como a literatura pop está repleta de histórias românticas inesquecíveis e plurais o bate papo tentou chegar numa conclusão do por que não resistimos a um bom romance.

Ele também participou de sessão de autógrafos com os fãs com seu lançamento mais recente O Mar Me levou a Você e ainda teve tempo para fazer um joguinho de doces ou travessuras com seus leitores.

Quem também foi destaque na programação foram as autoras Paola Siviero e Fernanda Castro que, ao lado de Alan de Sá e Gustavo Rosseb tentaram chegar uma conclusão de Para que serve a Literatura Fantástica. O bate papo buscou trazer luz se a Literatura Fantástica, mesmo podendo ser uma forma de criticar a nossa sociedade ou de imaginar futuros melhores, precisa necessariamente ter uma função, ou pode ser apenas um jeito de escapar da realidade. 

PEDRO RHUAS cresceu em cidades do interior do Rio Grande do Norte e do litoral do Ceará. Lançado em 2021 pela Editora Seguinte, seu romance de estreia, “Enquanto eu não te encontro”, tornou-se um best-seller instantâneo no Brasil, consolidando-o como uma das novas vozes da literatura jovem brasileira. Em 2023, ele foi além: integrou a coletânea “A gente se vê na Parada”, da HarperCollins Brasil, publicou a novela “O Universo sabe o que faz” e o seu novo romance, “O mar me levou a você”, que sai em setembro.

FERNANDA CASTRO se descreve como um “bicho de toca” bastante sociável quando está com seus leitores. Crescida no Recife, PE, a escritora é apaixonada por fantasia, já publicou obras como “O Fantasma de Cora” e “Lágrimas de Carne”. “Mariposa Vermelha” é seu livro mais recente. Hoje, além de autora, Fernanda faz também trabalhos de tradução e preparação de texto, que a aproximam ainda mais do mercado editorial.

PAOLA SIVIERO é escritora e roteirista. Nasceu em Belo Horizonte, cresceu em São José dos Campos e é nômade no plano real e imaginário. Seu primeiro livro, O auto da maga Josefa venceu, em 2019, o Prêmio Leblanc (melhor romance nacional de fantasia, ficção científica ou terror) e o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica (melhor romance de fantasia), além de ter sido finalista do Prêmio Argos. Em 2019 e 2020, participou como co-apresentadora do podcast Curta Ficção, um dos principais programas de áudio brasileiros sobre escrita.

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[Livros Arrombados] Resenha – A Biblioteca da Meia Noite

Auto Ajuda está muito longe de ser o gênero mais bem avaliado da literatura, mas existem livros com tramas de razoável pra bom mesclando o gênero com outros como A Cabana, A Travessia e O Alquimista. Bem… não é o caso de A Biblioteca da Meia Noite. Alerta de gatilho: depressão e suicídio.

Adorado pelo TikTok e envolvido em recentes polêmicas após uma crítica muito contundente do influencer Felipe Neto, A Biblioteca da Meia Noite traz aquele gênero de ficção com fundo bem pesado em auto ajuda. Matt Haig, aliás escreveu diversos livros de auto ajuda de não ficção até que finalmente resolveu se aventurar no “fantástico” (entre aspas, porque em dado momento ele realmente tenta transformar em ficção científica).

A trama nos leva para a mente de Nora Seed, uma mulher de 35 anos multitalentosa, mas que conseguiu realizar muito pouco (pelo seu próprio ponto de vista). Solteira, com uma vida familiar um tanto turbulenta Nora no mesmo dia perde seu emprego e seu gato, vítima de um atropelamento. Deprimida, ela resolve por um ponto final em tudo. No entanto, ela vai para na Biblioteca da Meia Noite: um lugar especial, gerido por uma pessoa de seu passado onde cada livro é uma abertura para uma vida alternativa, alterada de acordo com suas decisões. Viajando por diversas vidas, ela vira de uma pacata dona de casa, a uma grande nadadora recordista olímpica, até uma das maiores rockstars do mundo, mas, será que o que falta em sua vida, tem realmente a ver com suas decisões?

Quando você fica muito tempo num lugar, esquece como o mundo é grande e vasto. Não tem noção da extensão de suas longitudes e latitudes. Assim como, supôs ela, é difícil ter noção da vastidão dentro de qualquer pessoa.

A ideia não é nova: quantos filmes já não vimos sobre vidas alternativas ou até o clássico dos Fantasmas dos Natais passado, presente e futuro? Alterar o tempo e ver o resultado de outras decisões é tema inclusive de um ótimo filme com um grande viés de auto ajuda: Questão de Tempo. O que exatamente existe em A Biblioteca da Meia noite que despertou tanta paixão (e tanta fúria quando o livro foi criticado)?

E se A Biblioteca da Meia Noite fosse um filme e fosse bom?

Pra começar, vale destacar aqui que concordo em partes com o que o Felipe Neto disse sobre o livro. Obviamente aqui não julgamos leitores como ele fez. Se você gostou, ótimo, você está melhor que eu que gastei tempo lendo e odiei. Por outro lado “uma tragédia de literatura” e “um livro de autoajuda dos mais vagabundos” define bem o sentimento sobre depois que a leitura acaba.

A Biblioteca da Meia Noite tem problemas graves tanto do ponto literário, quanto do conceito. A trama em si é previsível, gasta tempo demais na parte de auto ajuda queimando parágrafos preciosos em frases motivacionais que simplesmente não encaixam nos diálogos. Você não consegue se convencer de que as histórias alternativas vividas por Nora realmente encaixam com as frases coach que surgem aleatoriamente nas bocas dos personagens. Os capítulos acabam ficando super arrastados, forçados e cansativos. Diálogos artificiais trazem um ponto a mais de tortura na leitura.

A única personagem cativante e bem desenvolvida de fato é a própria Nora. As pessoas que vem e vão na vida dela e até a bibliotecária que a atende quanto volta de uma das vidas estão ali só pra soltar frases de efeito. Só que o próprio bom desenvolvimento da protagonista se volta contra o livro quando analisamos o conceito. Nora está em depressão e isso é afirmado literalmente, além de deixar a mostra vários sintomas claros. Ela chega ao limite de tentar suicídio. A forma como isso é tratado é terrível. Se Nora tivesse sofrido um acidente e entrado em coma para chegar até a biblioteca, a trama até teria algum sentido e ganharia um aspecto completamente diferente.

Uma pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e uns bairros perigosos, mas as coisas boas fazem o todo valer a pena.

Ter um protagonista em depressão que chega a tentar suicídio pede uma responsabilidade do autor em tratar o tema que foi completamente esquecida aqui. Matt Haig usa a doença como se fosse algo tratável com pensamento positivo e frases motivacionais como da citação acima. Você está em depressão? Vai no médico e toma remédio? Não! Escuta essa meia hora de frase de efeito aqui que você vai melhorar. O final mais óbvio possível acontece (spoilers a frente) e Nora percebe que não precisa de nenhuma das vidas que leu na Biblioteca e só precisa ser “mais positiva, não tentar seguir as expectativas de outras pessoas e seguir suas próprias vontade” e finalmente volta para sua vida original, onde sobrevive por pouco e pede ajuda para ir ao hospital.

É isso… Só isso…

Tipo… você tentou se matar e depois não tem uma recomendação de consultar um psicólogo, psiquiatra, tomar remédio… Nora chega a ser consultada por uma psiquiatra no final do livro quando ainda internada, mas que se limita a perguntar se ela já tinha tentado suicídio antes. Aliás, isso deve ser coisa de estadunidense mesmo. “Sobreviveu? Que se dane psicólogo, você não vai ter dinheiro mesmo pra consultar!”. Viva o SUS!

A desobediência é o verdadeiro fundamento da liberdade. Os obedientes serão escravos.

Por tudo isso descrito, A Biblioteca da Meia Noite é um livro terrível que consegue contrariar absolutamente todos os manuais possíveis sobre como noticiar suicídio ou tratar o assunto na ficção e recebe aqui a nota mínima possível da nossa escala e o selo de Livro Arrombado!

[Edit]: Em uma live recente o influencer Felipe Neto explicou que a intenção do post dele nunca foi criticar os leitores que gostaram do livro e sim pessoas que se dizem entendedoras de literatura e divulgam A Biblioteca da Meia Noite como alta literatura. Nesse ponto aí eu inclusive concordo com ele.

Sinopse Completa

Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.

Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica… enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?

Em A Biblioteca da Meia-Noite, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.

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Eventos [Belo Horizonte] – Dedicatórias, fotos e abraços com Tanto Tupiassu e Fernanda Takai

Na quinta feira, 26/10, a partir das 19:00 hs, no Mercado Novo (Avenida Olegário Maciel, nº742, museu imaginário – corredor I, 3º andar) o autor Tanto Tupiassu participará de um bate papo com leitores e fará uma sessão de dedicatórias, fotos abraços e autógrafos do livro Dois Mortos e a Morte. O evento ainda contará com a participação mais que especial da cantora Fernanda Takai.

Sucesso de vendas na Amazon, o livro de horror e ficção teve recentes lançamentos em Belém, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Também foi sucesso na Bienal do livro do Rio de Janeiro.

Confiram a sinopse completa:

Curiosa, surpreendente, devastadora, inexplicável ― são todas palavras que poderíamos usar para descrever tanto a morte quanto esta coleção de histórias a seu respeito. Algumas tratam do extraordinário, como anjos enganosos, figuras funestas ou maldições; em outras, o mero cotidiano é a fonte de horror: a perda de um filho, a pobreza extrema, um acidente no mar, uma ida particularmente incômoda ao dentista. De um jeito ou de outro, a morte ronda os personagens, às vezes catástrofe, às vezes descanso, às vezes passando longe de ser o fim.
Nestas páginas, pequenas vilas do interior do Pará se tornam cenário de tragédias insólitas, o purgatório toma formas improváveis enquanto os mortos se agarram a uma vida já acabada, os vivos choram sem fim a perda súbita de entes queridos e vampiros pragmáticos caçam suicidas pela cidade.
Famoso por seus causos de assombrações e visagens, o jornalista, influenciador e podcaster Tanto Tupiassu traz nesta coletânea histórias que tratam do fim em suas diferentes facetas; seja como tragédia familiar, como última consequência de vidas sofridas ou como punição exercida por seres sobrenaturais. Invocando seu tom de contador de histórias, Tanto parece narrar casos que aconteceram com um amigo, um primo, um colega de trabalho… e, por sorte, não com a gente. Pelo menos dessa vez.

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Eventos [Belém] – PA Book Club na Travessia Livraria

O PA Book Club é o clube do livro de Belém do PA (mas que as pessoas de qualquer cidade podem participar) que mantem encontros mensais há mais de 11 anos. O próximo encontro será sábado, 28/10 as 10 da manhã na Travessia Livraria (Av. Alcindo Cacela, 1404)

O tema não podia ser outro senão Halloween. Qualquer pessoa pode participar indicando suas leituras do mês ou apenas como ouvinte mesmo, caso não deseje falar.

Participem, vale muito a pena!

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Financiamento Coletivo: CaraCoroa – Felipe Castilho, Tainan Rocha e Marília Marz se juntam em novo projeto de quadrinhos

Cara e Coroa é o novo projeto de financiamento coletivo em conjunto entre Felipe Castilho, Tainan Rocha e Marília Marz. O projeto originalmente pensado um pouco antes da pandemia, busca trazer um pouco da realidade de motoboys e entregadores de aplicativo, mas num universo pós apocaliptico. A HQ terá cerca de 60 páginas, em uma edição 17×25 cm, em um formato “vira-vira”, em que você pode escolher o lado do livro para começar sua leitura.

Confiram a sinopse completa:

Essa é uma HQ que reúne duas histórias sobre profissionais que estão na linha de frente contra o que podemos enfrentar de pior na sociedade.

Em CARA, acompanhamos um entregador de aplicativo trabalhando em uma terra devastada. A vida de nosso Cara é arriscada pelo bem-estar de quem sequer lembra da existência de um humano por baixo do capacete.

Em COROA, acompanhamos duas famílias vivendo em uma floresta onde todos são conectados por cordões e a história do Monarca. Uma outra face da história que compartilhamos com o mundo, Coroa é uma fantasia, mas também é sobre profissionais da Saúde que estavam na linha de frente da COVID-19.

E, assim como a luta deve ser coletiva, essa edição não poderia ser diferente. Contamos com você para fazê-la acontecer!

Os pacotes de apoio vão de R$ 20,00 a R$310,00 e entre os brindes é possível adquirir ecobags, cadernos, outras obras publicadas pelos artistas e uma moeda exclusiva temática da HQ. Todas as informações estão disponíveis aqui. A campanha ainda tem mais 26 dias.

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Resenha – Invasão Secreta

Quando pensamos em MCU e espionagem provavelmente a primeira coisa que vem na cabeça do espectador é Capitão América: Soldado Invernal (2014). Um filme super inchado de estrelas do universo Marvel, com a função de continuar o até legal mas maçante O Primeiro Vingador, dar a cara de uma Fase 2 que não tinha iniciado lá muito bem com Homem de Ferro 3 e Thor: Mundo Sombrio e ainda apresentar uma história de espionagem dentro desse mundo inchado de super seres. Foi um sucesso. Até hoje é considerado um dos melhores filmes do MCU e garantiu trabalho para os irmãos Russo por mais alguns anos depois.

Pois bem, agora estamos em 2023 e chega Invasão Secreta, uma série inchada de estrelas do universo Marvel, com a função de continuar a história de Nick Fury, perdida a não sabemos quantos filmes, dar uma cara para a fase 5, que não começou lá muito bem com Homem Formiga e a Vespa: Quantumania e ainda apresentar outra história de espionagem num mundo ainda mais inchado de super seres, com o extra de adaptar uma mega saga até bastante cultuada (mas não muito boa). Bem… acho que a palavra desastre define bem o resultado.

Continuação direta de Capitã Marvel (ou seria de Ultimato, ou talvez de Homem Aranha: longe de casa?) Nick Fury se vê obrigado a retornar a ativa após descobrir uma grande conspiração em que a raça alienígena Skrull está tentando dominar a Terra se utilizando de seus poderes metamorfos e substituindo grandes figuras políticas mundiais. Ao seu lado está seu amigo de longa data, Talos (Skrull apresentado em Capitã Marvel), mas do outro lado não se sabe exatamente quem, quantos ou quais estão a favor da invasão. Eles teriam substituídos até super heróis conhecidos de longa data?

Invasão Secreta tem erros e acertos muito comuns de todas as outras séries originais da Marvel para o Disney Plus. Excetuando WandaVision, Loki e Falcão e o Soldado Invernal, todas as outras tramas começam muito bem e desandam em algum nível, seja para mais ou para menos. A trama de Nick Fury acabou sendo mais um exemplo dessa falta de nivelamento.

Iniciando até muito bem, com uma morte grande logo no fim do primeiro episódio, parecia ao espectador que a história teria aquele clima de conspiração muito elogiado de Soldado Invernal. O segundo e o terceiro episódios ainda o mantiveram, mas as pontas criadas mais confundiam que criavam curiosidade. Da metade para frente, a trama se perde completamente em subplots malucos, mortes de personagens apresentadas quase sem emoção e plot twists (que deveriam ser o grande ápice) sendo revelados das formas mais bobas possível.

A invasão secreta propriamente dita se desenvolve da forma mais capenga possível, com Nick Fury frustrando plano a plano dos vilões a cada nova reviravolta com aquela sensação de “ahá, mas é agora que vem a minha verdadeira estratégia”. Tudo isso para culminar numa cena de lutinha, pew pew pew, e poderes especiais apresentados aos 45 do segundo tempo.

Skrulls em Invasão Secreta

Fora isso, dos pontos altos, temos apresentado aqui Gravik, um Skrull que já trabalhou com Nick Fury e acabou se decepcionando com o antigo diretor da SHIELD devido a uma promessa antiga não cumprida de encontrar um lar para os Skrull. Gravik acaba se tornando um extremista e arrebanha boa parte de seu povo para seu lado com a ideia de tomarem a Terra para si. Vale um elogio a Kingley Ben-Adir pela performance, que infelizmente do lado dos vilões, acaba por aí mesmo, sendo ele o único personagem bem apresentado.

Destaque também para Emilia Clarke que aqui interpreta G’iah, filha de Talos. Ela é apresentada como aquele clássico personagem sem lados que pode mudar a qualquer momento. Mas, apesar da performance da atriz a trama em si justifica muito pouco suas mudanças de lado. Outro grande destaque é Olivia Collman como Sonya Falsworth, uma agente do MI6 e amiga de Nick Fury, mas muito menos piedosa que ele.

A Mega Saga Invasão Secreta dos quadrinhos na época foi criada para trazer um soft reboot. Com Skruls escondidos em qualquer lugar e podendo ter substituído qualquer um, qualquer herói morto anteriormente poderia ser trazido de volta com a desculpa de que na verdade quem morreu fora um Skrull. Já a Série Invasão Secreta não parece ter um propósito. Entre alguns pouco bons personagens e ganchos deixados, ficou um gosto meio amargo das oportunidades perdidas.

Sinopse Oficial

Nick Fury trabalha com Talos, um Skrull alienígena metamorfo, para descobrir uma conspiração de um grupo de Skrulls renegados liderados por Gravik que planejam obter o controle da Terra se passando por diferentes humanos ao redor do mundo.

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Independente: Com Irebu, Larissa Brasil garante prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2023 na categoria “Narrativa Longa Horror”

Livro lançado independentemente garantiu prêmio à autora que era a única mulher concorrendo na categoria

A autora Larissa Brasil ganhou o prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2023 na categoria Narrativa longa de horror, com o suspense independente Irebu. O livro é o segundo protagonizado pela inspetora de polícia Nanda Noronha, sequência de Urutau.

Confiram a sinopse completa:

Esta é uma história contada das cicatrizes da inspetora de polícia Nanda Noronha.

Na floresta da Serra de Dois Cumes, entre as árvores centenárias, há feras raras e formidáveis como o Aguará e o Uiraçu, e há também o Kurupi, um dos sete monstros lendários da mitologia Tupi-Guarani. De gritos estridentes e gargalhadas sinistras que podem ser ouvidas de longe, principalmente de madrugada, corre à boca miúda que ele sequestra jovens virgens nas noites de céu sem lua. O desafio de Nanda Noronha é descobrir se os desaparecimentos de pessoas na região, inclusive de sua sobrinha, resultam dessa criatura mítica que dizem rondar a floresta e a serra da Cidade de Meia Ponte, ou se é uma ação bem orquestrada de uma organização criminosa que trafica pessoas e usa o misticismo da lenda para passar desapercebida aos olhos da lei.

Nanda Noronha está de volta e descobrirá, que aquele que exala fedor, o iREBU, está bem longe de ser o carniceiro desta história.

Larissa Brasil já foi premiada três vezes pelo Prêmio Aberst de literatura, já conta com cinco obras publicadas, diversos textos em coletâneas, e o sexto livro de suspense, “Uma Oração para Ninguém”, pronto para ser lançado.

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